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O conceito de caça sustentável a entende como um recurso renovável com papel essencial na conservação do meio ambiente. De acordo com esta linha, o novo Regulamento da Lei de Caça de Castilla La Mancha, aprovado em 1 de março, reconhece a atividade cinegética como base para o desenvolvimento sustentável de nossa Comunidade.

Esta e outras iniciativas que têm vindo a ser levadas a cabo nos últimos anos são essenciais para ajudar a dar à carne de caça o lugar que merece.

 

 

CAÇA SUSTENTÁVEL E SUA IMPORTÂNCIA PARA O MEIO AMBIENTE 

 

A caça sustentável é entendida como um recurso renovável, essencial para conciliar a manutenção das populações caçadoras no seu ambiente natural, a conservação deste ambiente e a gestão rentável do recurso. Assim, combinam-se o aspecto econômico, fundamental para o desenvolvimento rural, e a conservação ambiental dessa atividade.

O conceito de caça sustentável implica que, se for articulado de forma adequada, contribui beneficamente para o ambiente, deixando obviamente de fora a caça furtiva, pois, sendo realizada sem qualquer controlo, tem efeitos nefastos neste quadro a que nos referimos .

Este conceito não é novo. De fato, historicamente, encontramos evidências em diferentes civilizações de uma estreita ligação entre a exploração dos recursos cinegéticos e a conservação das espécies animais e dos ecossistemas onde vivem.

A sua utilização e gestão sustentável constitui um instrumento fundamental para a conservação da biodiversidade:

 

Assegura o ciclo da caça:

Sendo um recurso natural renovável, haverá caça se o seu exercício for controlado, para que seja capaz de se auto-regenerar de forma contínua e natural.

 

Controlo das populações animais:

A caça é essencial para garantir a presença de um número equilibrado de animais suportáveis ​​para o território e ecossistema onde vivem. Um excesso populacional de uma espécie em uma determinada área representa uma ameaça à saúde e segurança pública, bem como ao seu ambiente natural e outros tipos de fauna.

(H3)- Melhoria do ambiente nas áreas de caça: A actividade nas reservas de caça favorece a limpeza e conservação das áreas naturais onde é praticada. Além disso, favorece a proteção de espécies em perigo de extinção, muito numerosas nas referidas reservas. A tudo isso devem ser somados os significativos investimentos anuais que proprietários e administradores destinam a ações de manejo e conservação da caça e da fauna silvestre.

 

Controle de doenças animais:

A caça tem como consequência um controle mais exaustivo de doenças em espécies silvestres.

 

 

Por todas estas razões, podemos concluir que a caça tem uma função essencial como um necessário balanceador da biodiversidade.

 

Iniciativas em Castilla La Mancha. O novo Regulamento da Lei da Caça

Como explicamos em um post anterior do blog (https://sierra-wild.com/la-caza-y-su-importancia-para-el-medio-rural-y-el-medio-ambiente/), a visão tradicional a caça como atividade prejudicial tanto para os animais quanto para o meio em que é praticada, tem se mostrado totalmente distante da realidade.

O apoio institucional é essencial, com o desenvolvimento de várias ações, entre as quais este novo Regulamento da Lei da Caça, para distanciar esta atividade de todo o tipo de preconceitos infundados.

 

 

O Regulamento da Lei da Caça como documento de referência para este setor

 

Conforme anunciado pelo Ministro do Desenvolvimento Sustentável, José Luis Escudero, em 1º de março, o Conselho de Governo de Castilla La Mancha aprovou finalmente o decreto do Regulamento da Lei de Caça de nossa Comunidade Autônoma.

Depois de um trabalho de mais de dois anos, que contou com uma “grande participação” dos agentes envolvidos, do Ministério destacam que estão “muito satisfeitos com o trabalho” considerando este documento como uma “referência para a caça no século XX “.

Desta forma, segundo Escudero, “a actividade cinegética na região consolida-se pelo seu valor socioeconómico para a terra e também como ferramenta que se tem mostrado óptima para a conservação do território”, consolidando-se também pelo Regulamento “o papel da caça”.

A Junta de Castilla la Mancha “dedicou dois anos a estar na vanguarda da gestão da caça”, sendo uma iniciativa de referência para outras Comunidades Autónomas do nosso país.

Procura promover a atividade cinegética “como eixo do motor do progresso no mundo rural, de acordo com as exigências e necessidades do século XXI para a alinhar com os objetivos de conservação estabelecidos nas orientações europeias”.

Além disso, Escudero a define como uma “regulamentação moderna que está alinhada com todas as diretrizes europeias” e que está alinhada com “a futura estratégia nacional de caça”. A referida estratégia nacional foi aprovada pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, por unanimidade das Comunidades Autónomas, na terça-feira, 8 de março.

 

 Objetivos do Regulamento de Caça

Os principais objetivos do Regulamento da Caça são vários. Cabe destacar, entre eles, promover a mudança geracional dos caçadores, promover a participação das mulheres no setor e reforçar o papel da caça social.

Escudero assegurou que em 2022 o número de reservas sociais triplicará, o que representa uma renda muito significativa para muitas pequenas cidades da região.

 

Certificação de Sustentabilidade. Reservas de caça sustentáveis.

O conselheiro salientou ainda que o Regulamento pretende promover a implementação de certificados de sustentabilidade, como já foi feito com a “primeira reserva de caça sustentável”, a de Cañadillas, na localidade de Sevilhaja de la Jara (Toledo).

O regulamento inclui ainda os planos de gestão da caça como instrumento das reservas, bem como a figura do vigia de caça.

Desta forma, explicou que no caso da reserva de Sevilha, foi feito um layout de todo o processo, que “não se reduz apenas à carne”, mas a “tudo o que o valor do ecossistema supõe com os valores que marca, o que é uma boa notícia para a região”.

“Não só a parte ambientalista pode ficar satisfeita, mas também trabalhamos com o setor caçador e o que vivenciamos no final de janeiro foi uma mudança de percepção e de modelo, bastante satisfatório de se observar”, concluiu o conselheiro.

 

Reservas de caça social em Castilla La Mancha

Esta iniciativa, intimamente relacionada com a anterior, que foi retomada em 2019 (já tinha parado em 2012), procura favorecer a atividade cinegética com igualdade de oportunidades, promovendo o desenvolvimento rural das vilas da região.

Foi feita a sua recuperação, privilegiando também os caçadores das localidades da região, oferecendo-lhes a possibilidade de praticarem a caça em reservas do Governo Regional.

A gestão da caça nas reservas sociais e nas áreas de caça colectiva é efectuada de acordo com o Plano de Gestão da Caça, aprovado pela Direcção Geral de Política Florestal e Espaços Naturais, que vigorará no ano seguinte.

O referido documento estabelece as modalidades de caça, o número de exemplares de cada espécie a caçar, bem como as limitações especiais de caça aplicáveis ​​e as quotas atribuídas a cada categoria de caçadores.

A primeira reserva social foi a Reserva “Cañadillas”, localizada no município de Sevilleja de la Jara (Toledo) e possui mais de 2.800 hectares, já citada como exemplo de reserva de caça sustentável.

A próxima reserva social a surgir, em 2019, foi a reserva social “Las Dehesas” em Alpera (Albacete), que tem uma área de 600 hectares.

Outras reservas com essas características são a reserva social Cuarto Alarcón nos municípios de Ayna e Molinicos (Albacete) na reserva social Oriñuela no município de San Pedro (Albacete).

 

A utilização e gestão sustentável da actividade cinegética constitui um instrumento fundamental para a conservação da biodiversidade. Por isso, na Sierra Wild integramos o conceito de caça sustentável em todas as fases do nosso processo produtivo.